Aprender a ser humilde para entender a grandeza da vida!!

QUE VOCÊ SEJA ALEGRE,

 mesmo quando vier a chorar.

QUE VOCÊ SEJA SEMPRE JOVEM,

mesmo quando o tempo passar.

QUE VOCÊ TENHA ESPERANÇA,

 mes mo quando o sol não nascer.

QUE VOCÊ AME SEUS ÍNTIMOS,

mesmo quando sofrer frustações.

QUE VOCÊ JAMAIS DEIXE DE SONHAR,

 mesmo quando vier a fracassar.

ISSO É SER FELIZ.

CHEGA DE ATIRAR O PAU NO GATO…. de procurar o gato!

Eu já achei o problema, agora só falta achar em quem colocar a culpa.

La paz tiene el foco en estarmos en armonía con todos.Es con los más desarrollados y los menos desarrollados em espírito, que encontramos las diferentes respuestas que nos permite abordar las situaciones más insólitas con que la vida oferece a nosotros.O reconocimiento de nuestros defectos y errores, es sólo el comienzo de la vía de la coexistencia com las personas.E , es o que Yo estoy em la plena tentativa de hacer, lo digo tentativa, porque es un camino siempre difícil de caminar.

 

Banco Central visando o crescimento?

Durante grande parte do século passado a inflação foi tão proeminente uma característica da vida brasileira como o futebol. Foi finalmente domada, primeiro pelo Plano Real de 1994, envolvendo uma nova moeda e de medidas fiscais, e depois de 1999, exigindo que o Banco Central, a qual foi concedida a independência operacional, para definir as taxas de juros para atender uma meta de inflação. Desde 2005 que a meta foi de 4,5%, mais ou menos dois pontos percentuais. Então, o Banco Central surpreendeu a todos em agosto, quando ele cortou sua taxa de referência em meio ponto percentual (para 12%), embora a inflação foi, então, em 6,9%. Em 19 de outubro, o banco fez o mesmo novamente. Assim é o governo do presidente Dilma Rousseff, no cargo desde janeiro, dando prioridade a outras metas, como sustentar o crescimento e evitar a sobrevalorização da moeda, ao invés de manter a inflação baixa? E tem o Banco Central perdeu a sua independência?

 

Não, dizem as autoridades, que citam dois conjuntos de razões para os cortes da taxa. Primeiro, ter superaquecido no ano passado, a economia estagnou no terceiro trimestre, em parte como resultado da anterior taxa de juros sobe e aperto fiscal modesto. A previsão de consenso é para o PIB a expandir apenas 3,3% este ano. Em segundo lugar, o banco argumenta que a inflação foi impulsionado por fatores pontuais, como sobe grande em tarifas de ônibus municipais e uma escassez de etanol (amplamente utilizado como combustível para veículos no Brasil). Na ata de sua reunião de agosto, o comitê do banco de política monetária afirmou que a deterioração das perspectivas para a economia mundial e os preços das commodities caindo iria colocar pressão sobre os preços no Brasil, permitindo que a inflação atingir a meta de 4,5% no próximo ano .

Há sinais de que a inflação está começando a cair. Mas os críticos do governo argumentam que, começando a cortar tão cedo e tão agressivamente, enquanto a inflação ainda é quase três pontos acima da meta, o banco tem danificado a sua credibilidade duramente conquistada. Como resultado, as expectativas de inflação para os próximos anos estão a subir. Marcelo Carvalho, economista do BNP Paribas, avalia a inflação só cairá para 5,5% em 2013 (e que assume aumentos das taxas de banco mais uma vez). O salário mínimo é devido ao aumento de 14% ou menos em Janeiro ea taxa de desemprego permanece baixo. O maior problema é que alguns preços e salários são indexados à inflação do ano passado, uma ressaca do passado. “O que me preocupa é que este é um terreno escorregadio: o pensamento parece ser que a inflação de 5% ou 6% é bom”, diz Carvalho.

O banco ainda pode ser justificada por eventos externos e acabam por ter fornecido o Brasil com um pouso suave. Como a inflação cai, as expectativas serão lançados em breve, diz Nelson Barbosa, o vice-ministro das Finanças. Taxas de juros mais baixos, certamente ajudaria o país. Entre as razões pelas quais eles são tão altos, incluindo empréstimos do governo, os impostos sobre crédito, ea falta de concorrência no setor bancário, o mais poderoso pode ser pura inércia.

Em um círculo vicioso, as altas taxas deprimir o investimento, aumentar os custos de empréstimos do governo (que totalizam cerca de 5% do PIB) e, assim, o déficit fiscal (de mais de 2% do PIB). Eles também atraem capital especulativo do exterior, o que ajudou a tornar real o desconfortavelmente forte, prejudicando os exportadores. “Estamos em um equilíbrio ruim”, diz Barbosa. “Nós podemos viver com esta taxa de câmbio com uma taxa de juros mais baixas, mas não com essa taxa de juros. Um deles tem que ir. ”

O governo quer que a taxa de juros real caia para 2% -3%, mas o Sr. Barbosa insiste que não é uma meta formal. Se sobe a inflação, o banco irá aumentar as taxas novamente, diz ele. Alguns outros bancos centrais, incluindo o Federal Reserve dos Estados Unidos, têm um mandato para perseguir tanto o crescimento e baixa inflação. Mas quando se trata de inflação, o Brasil é um alcoólatra em recuperação. Ele precisa de seu Banco Central para mantê-lo no reto e estreito.

 

Generosidade pode ser sinal de fraqueza entre chefes, diz pesquisa

 

Em tempos de conflito, grupos precisam de chefes firmes, diz estudo.
Pessoas que são menos altruístas são mais atraentes como líderes.

Generosidade é tida como uma virtude, mas entre gestores de empresas isso pode ser sinal de fraqueza, de acordo com um estudo divulgado pela Kellogg School of Management, universidade norte-americana.

Segundo o professor Robert Livingston, um dos coautores, a pesquisa mostra que a generosidade, ou seja, o senso de contribuir para o bem coletivo, influencia na característica das pessoas em dois aspectos: prestígio e domínio. “As pessoas de grande prestígio são geralmente tidas como santas, com qualidade de auto-sacrifício e fortes padrões morais”, diz Livingston. “No entanto, essas pessoas não são percebidas como líderes firmes.”

A pesquisa define o domínio como um status imposto, enquanto que prestígio causa admiração. “Al Capone, por exemplo, pode ser visto como uma pessoa altamente dominante, enquanto que a Madre Theresa mostra alto prestígio”, diz a pesquisa.

O estudo informa que as pessoas com prestígio em alta são vistas como líderes admirados em contextos não competitivos, mas eles são vistos como submissos em comparação com pessoas que lutam para potencializar seus ganhos.

Segundo o estudo, em tempos de competição, pessoas que são menos altruístas são vistas como dominantes e mais atraentes como líderes.

“Nossa descoberta mostra que as pessoas querem ser respeitadas e admiradas nos grupos, para liderá-los em tempos de paz, mas quando as coisas ficam mais difíceis, eles querem uma pessoa dominante, que busque o poder para liderar o grupo,” diz Nir Halevy, professor da Stanford Graduate School of Business, que conduziu a pesquisa.

Livingston e Halevy e o estudante Eileen Chou realizaram a pesquisa para mostrar a necessidade de distinguir diferentes tipos de grupos e como os conflitos influenciam nas preferências dos integrantes.

Os pesquisadores conduziram três experimentos em que participantes tinham a opção de guardar as fichas que representavam dinheiro ou dá-las para integrantes do mesmo grupo, co ou sem a intenção de prejudicar os membros do outro grupo.

O experimento mostrou que pessoas altruístas e amáveis ganharam prestígio e admiração, mas perderam domínio, e as pessoas que se mostram egoístas ganharam menos admiração e respeito, mas foram consideradas dominantes.

De acordo com o estudo, ser generoso pode impulsionar o prestígio, se a pessoa é seletivamente generosa para o grupo ao qual pertence, e isso aumenta a admiração e respeito dentro do grupo. No entanto, ser egoísta ou agressivo, sem necessariamente prejudicar os integrantes do outro grupo, faz cair o respeito e admiração, mas aumenta a percepção de domínio sobre os outros.

Ou seja, ser “muito legal” pode ter consequências negativas para a liderança. “Ser generoso pode custar a posição de força”, diz Livingston.  “Pessoas legais não chegam ao topo quando integrantes do seu grupo precisam de um chefe dominante para liderá-los em tempos de conflito”, diz Halevy.

Polícia prende dezenas em protesto contra Wall Street em Boston

                         As tensões aumentaram na madrugada desta terça-feira em Boston, no leste dos Estados Unidos, quando a polícia prendeu cerca de cem manifestantes do movimento Ocupem Boston, depois que o grupo ampliou seu acampamento na cidade. Manifestantes disseram na noite de segunda-feira que a polícia havia dado um ultimato para que retornassem no início da noite a seu acampamento original, que era menor, do contrário seriam removidos.

                   Depois da 1h da madrugada desta terça-feira (2h em Brasília) centenas de policiais, alguns com equipamentos antidistúrbios, se dirigiram ao grupo, algemaram manifestantes e retiraram as barracas. “À 1h30 desta manhã, centenas de policiais com equipamento completo antidistúrbios atacaram brutalmente o Ocupem Boston”, disse o grupo em um comunicado à imprensa, acrescentando que as autoridades “não fizeram distinção entre manifestantes, médicos e observadores’. A polícia informou que ninguém ficou ferido. “A desobediência civil não será tolerada”, afirmou na manhã desta terça-feira o prefeito de Boston, Thomas Menino, a uma emissora local afiliada à rede Fox News. Na noite de segunda-feira, o Departamento de Polícia de Boston (BPD, na sigla em inglês) enviou uma mensagem por Twitter ao movimento, dizendo: “O BPD respeita seu direito de protestar pacificamente. Nós pedimos sua permanente cooperação.” As barracas dos manifestantes estão há vários dias na praça Dewey, no centro da cidade, mas na segunda-feira passaram a ocupar uma área maior. Antes, centenas de manifestantes, incluindo estudantes de faculdades, participaram de um dos maiores protestos recentes em Boston, como parte de um movimento iniciado em Nova York contra os “excessos de Wall Street” e em defesa de questões sociais.

        As manifestações se espalharam para outras cidades dos EUA. Os participantes se queixam do que consideram ser um fosso inaceitável entre a renda de ricos e pobres. Eles também reclamam do socorro financeiro dado às instituições de Wall Street em 2008 e dizem que o governo ajudou os bancos enquanto os norte-americanos em geral sofrem com o elevado desemprego e a insegurança no trabalho.

Processo que anulou provas da PF na Boi Barrica correu em tempo recorde

Relator do caso no STJ demorou apenas seis dias para elaborar seu voto em prol dos réus, acusados de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e tráfico de influência

BRASÍLIA – O julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou as provas da Operação Boi Barrica tramitou em alta velocidade, driblando a complexidade do caso, sem um pedido de vista e aproveitando a ausência de dois ministros titulares da 6.ª turma. O percurso e o desfecho do julgamento provocam hoje desconforto e desconfiança entre ministros do STJ.

O presidente do Senado, José Sarney, cumprimenta o ministro Belizze

ministro Belizze na cerimônia de sua posse no STJ

           Uma comparação entre a duração dos processos que levaram à anulação de provas de três grandes operações da Polícia Federal – Satiagraha, Castelo de Areia e Boi Barrica – explica por que ministros do tribunal reservadamente levantam dúvidas sobre o julgamento da semana passada que beneficiou diretamente o principal alvo da investigação: Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP).

         A mesma 6.ª Turma que anulou sem muitas discussões as provas da Operação Boi Barrica levou aproximadamente dois anos para julgar o processo que contestou as provas da Castelo de Areia. A relatora do processo, ministra Maria Thereza de Assis Moura, demorou oito meses para estudar o caso e elaborar seu voto.

      O processo de anulação da Satiagraha tramitou durante um ano e oito meses no STJ. O relator, Adilson Macabu, estudou o processo por cerca de dois meses e meio até levá-lo a julgamento. Nos dois casos, houve pedidos de vista de ministros interessados em analisar melhor o caso.

            O relator do processo contra a Operação Boi Barrica, ministro Sebastião Reis Júnior, demorou apenas seis dias para estudar o processo e elaborar um voto de 54 páginas em que julgou serem ilegais as provas obtidas com a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico dos investigados. E de maneira inusual, dizem ministros do STJ, o processo foi julgado em apenas uma sessão, sem que houvesse nenhuma dúvida ou discordância entre os três ministros que participaram da sessão.

           O caso chegou ao STJ em dezembro de 2010. No dia seguinte, a liminar pedida pelos advogados foi negada pelo então relator do processo, o desembargador convocado Celso Limongi. Em maio deste ano, Limongi deixou o tribunal. Reis Júnior foi empossado em 13 de junho e no dia 16 soube que passaria a ser o responsável pelo processo.

Apenas três ministros participaram da sessão da 6.ª Turma da semana passada. Um deles foi escolhido de outra turma para completar o quórum e viabilizar o julgamento. Somente Reis Júnior e o desembargador convocado Vasco Della Giustina integravam originalmente a 6.ª Turma.

O recém-empossado Marco Aurélio Bellizze, da 5.ª Turma, foi convocado para completar o quórum e viabilizar o julgamento. Juiz de carreira, ele contou com o apoio do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), durante a disputa pela vaga no STJ.

              Senadores que sabatinaram Bellizze afirmam que ele contou ainda com a articulação de Sarney para acelerar sua aprovação no plenário do Senado. A oposição estava barrando a sabatina do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Enquanto ela não fosse feita, a indicação de Bellizze e de outro ministro do STJ – Marco Aurélio Buzzi – ficaria parada. Senadores disseram ter recebido apelos de Sarney para que liberassem a pauta e aprovassem Bellizze e Buzzi.

               Os outros dois titulares da turma decidiram não participar do julgamento. Maria Thereza de Assis Moura se declarou impedida. Og Fernandes havia se declarado suspeito e também não participou desse julgamento.

           Outro lado. “Neste julgamento, assim como em qualquer outro do qual participei ao longo dos meus mais de 20 anos de magistratura, proferi meu voto por considerar que os elementos colocados no processo eram claros o suficiente para balizar meu entendimento”, argumentou Bellizze. “Não guio os meus votos por influências políticas. Por isso, não considero que minha isenção esteja em questão.”

“Antes de escrever meu relatório, estudei cuidadosamente os autos. Não poderia proceder de outra forma. Só para se ter uma ideia, em agosto proferi mais de 1.400 decisões entre monocráticas e de turma”, defendeu-se Reis Júnior. “O processo em questão entrou na pauta de acordo com o ritmo e trâmite normais do meu gabinete e do STJ.”

STJ anula provas da PF sobre filho de Sarney

           O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as provas colhidas durante a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que investigou suspeitas de crimes cometidos por integrantes da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os ministros da 6ª Turma do STJ consideraram ilegais interceptações telefônicas feitas durante as investigações.

           Revelações sobre a Boi Barrica, feitas pelo jornal O Estado de S. Paulo em 2009, levaram a Justiça a decretar censura ao jornal, acolhendo pedido do empresário Fernando Sarney, filho do senador.

           Com a anulação das interceptações ficam comprometidas outras provas obtidas posteriormente, resultantes de quebras de sigilo bancário e fiscal. Volta praticamente à estaca zero a apuração de uma suposta rede de crimes que teriam sido cometidos pelo grupo a partir de um saque de R$ 2 milhões em espécie às vésperas da eleição de 2006 e registrado como movimentação atípica pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Na época, Roseana Sarney era candidata ao governo do Maranhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

STJ anula provas obtidas pela PF em investigação contra família Sarney

Tribunal considerou ilegais grampos feitos durante apuração da Boi Barrica; revelações feitas pelo ‘Estado’ em 2009 sobre a operação levaram jornal a ser censurado

           O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as provas colhidas durante a Operação Boi Barrica da Polícia Federal, que investigou suspeitas de crimes cometidos por integrantes da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os ministros da 6ª Turma do STJ consideraram ilegais interceptações telefônicas feitas durante as investigações.  

Revelações sobre a Boi Barrica, feitas pelo Estado de S. Paulo, em 2009, levaram a Justiça a decretar censura ao jornal, acolhendo pedido do empresário Fernando Sarney, filho do senador.

Com a anulação das interceptações ficam comprometidas outras provas obtidas posteriormente, resultantes de quebras de sigilo bancário e fiscal. Volta praticamente à estaca zero a apuração de uma suposta rede de crimes cometidos pelo grupo a partir de um saque de R$ 2 milhões em espécie às vésperas da eleição de 2006 e registrado como movimentação atípica pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Na época, Roseana Sarney era candidata ao governo do Maranhão.

Com as escutas e informações sobre movimentação financeira, a PF abriu cinco inquéritos e apontou indícios de tráfico de influência no governo federal, formação de quadrilha, desvio e lavagem de dinheiro.

Em julho de 2009, depois de seis horas de depoimento na Superintendência da PF, em São Luís, o empresário Fernando José Macieira Sarney, filho do presidente do Senado, chegou a ser indiciado por lavagem de dinheiro, tráfico de influência e formação de quadrilha.

O STJ tomou a decisão ao analisar um pedido de João Odilon Soares, funcionário do grupo Mirante de comunicação, que pertence à família Sarney. Soares também foi investigado. Para conseguir anular as provas, o advogado Eduardo Ferrão baseou-se em decisões anteriores tomadas pelo STJ e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma dessas decisões recentes, o STJ anulou as provas da Operação Satiagraha, que investigou suspeitas de corrupção supostamente envolvendo o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity. Na ocasião, os ministros da 5ª Turma do tribunal concluíram que foi ilegal a participação nas investigações de integrantes da Agência Nacional de Inteligência (Abin).

“Os precedentes do STF e do STJ entendem que as decisões judiciais que autorizam interceptação têm de ser rigorosamente fundamentadas”, disse Ferrão. “O STJ falou que está nulo porque (a investigação) não respeitou a Constituição Federal e a lei”, afirmou Ferrão ao Estado.

“No caso, nós entendemos que não havia fundamentação. Eles não indicavam quais eram as suspeitas. E as interceptações foram prorrogadas por 18 vezes. Foram 200 dias de bisbilhotagem, foi uma devassa”, disse o advogado.

Ferrão também reclamou que a quebra de sigilo afetou pessoas que não estavam sob investigação, como advogados e jornalistas. De acordo com ele, isso ocorreu porque a Justiça Federal no Maranhão decretou a quebra de sigilo dos e-mails de todos os funcionários do grupo Mirante.

O advogado sustenta que a anulação das provas não significa o fim das investigações e, consequentemente, a impunidade dos investigados. “As investigações devem prosseguir. Os investigados têm interesse que as investigações sejam realizadas e concluídas. Mas de acordo com a lei”, afirmou. “Os registros bancários continuarão existindo. Os extratos estarão disponíveis daqui a 10 ou 20 anos”, disse.

Reportagens do ‘Estado’ sobre investigação contra família Sarney foram censuradas

Desembargador tomou a decisão contra o jornal em julho de 2009; censura já completou 779 dias

Em julho de 2009, o desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, censurou o ‘Estado’ a pedido do empresário Fernando Sarney. Neste sábado, 17, a censura completa 779 dias.

Na ocasião, Vieira, que mantém relações sociais com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), proibiu o jornal de veicular reportagens da investigação da PF. O desembargador acolheu recurso (agravo de instrumento) contra decisão do juiz Daniel Felipe Machado, da 12.ª Vara Cível de Brasília, que havia rechaçado a censura. Vieira impôs multa de R$ 150 mil para cada “ato de violação”, isto é, para cada reportagem publicada.